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Autor:
Intérprete:
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Sonhava tão bem,
Quando meu pinto me acordou.
Disse-me que acreditava, porém
Divergia de como sou.
Gostamos das mesmas mulheres,
Cada uma com sua tez.
Nos banquetes, os talheres,
Tem o vezo de quem os fêz.
Em meus devaneios, todas são minhas.
São todas mágicas, mágicas varinhas.
Mas ele é cego e, porisso carrego,
Maldição bruta de vida e luta.
Ele não pensa, age.
Eu, servo de plantão,
Penso na garage,
Mas ele, não.
Gosto de tantas,
Cada qual com seu senão.
Nem todas são santas,
Dizendo sim, em lugar de não.
Meu pinto não cresceu,
Por dizer assim.
Da vida, o gineceu,
Não foi feito para mim.
De todas, sobrou você.
A única, a favorita.
E é simples o porquê:
Você é mais que bonita.
E meu pinto concorda,
Até porque é verdade.
De você, sempre tenho vontade.