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Autor:
Intérprete:
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Hoje acordei só.
Só como nunca estive.
Na garganta, um nó
E no peito, inclusive.
A voz não me saia,
Mas sei que estava lá.
Simplesmente não conseguia
Fugir daquela sensação má.
Por dentro turbilhão, algaravia.
Por fora, imobilidade estranha,
Sob a colcha quase fria,
Como o cume de montanha.
Nunca me senti tão só.
Nenhum som, nenhum ruído.
Um cheiro denso de pó,
Nada fazendo sentido.
Uma certeza absoluta
De que havia morrido.
Findara minha luta,
Estava tudo perdido.
De repente uma voz me chama:
- Papai, acorda. É hora de trabalhar.
Uma voz doce, que me ama,
Com um sorriso espetacular.