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PROMESSAS

Autor:

Intérprete:

Júlio dos Santos Oliveira Jr.

Júlio dos Santos Oliveira Jr.

Promessas, promessas, promessas

Todos vivemos fazendo promessas.


Ao cônjuge, aos filhos, aos pais.

Ao chefe, aos amigos, aos colegas.

Aos vizinhos, aos médicos e outros tais.


Uma promessa é, sobretudo,

Compromisso consigo mesmo.

Não se presta a ser escudo,

Nem ser feita por fazer, a esmo.


Promessa falsa não é promessa.

É engodo, ilusão, propósito ou mentira.

E isso é feito por demais, à beça,

Mesmo em momentos de incontrolável ira.


Para que prometer, se não vai cumprir?

Se sabemos que não vamos conseguir?

Para livrar-se de punição, castigo,

Para não decepcionar um velho amigo?


Só há dois tipos possíveis de promessas:

A que se faz a outrem e a que se faz a si.

E, não raro ficam as coisas às avessas,

Pois são as a outrem que causam frenesi.


Porque as a si podem ser esquecidas,

As a outrem sobrevivem em ermidas.

Já que são sempre cobradas, cobradas,

Tenham sido explícitas ou veladas.


Promessas, promessas, promessas

Todos vivemos fazendo promessas.

Vãs.

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