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Autor:
Intérprete:
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Nunca mais vou acreditar,
Aceitar a mentira,
Só porque a verdade dói.
Nunca mais vou me anular.
Cavar poços de ira,
Posar de herói.
Nunca mais vou olhar teu semblante,
Tão frio quanto belo,
Que me fere tanto.
Brincar de viajante,
Aceitar o duelo,
Namorar o desencanto.
Nunca mais vou prometer
O quê está alem de mim dar,
Seja pela razão que for.
Colocar o ter adiante do ser,
Me destruir, negar,
Em nome do amor.
Nunca mais vou vender a minha alma,
Partí-la em pedaços,
Serví-la à mesa de comensais baratos.
Estender, reverente, minha palma
E, em troca de abraços,
Deixar de lado os fados.
Nunca mais vou fingir o quê não sinto,
E, deslavadamente, mentir-me.
Ser refém da conveniência,
Deixar de lado o instinto,
Enganar-me, trair-me,
Seja qual for a consequência.
Nunca mais vou deixar de ser eu,
Ainda que me custe a vida.
Seja qual for a cruz,
Vou deixar de ser um pigmeu
Que, em busca da saída,
Foge da verdade, esconde-se da luz.