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Autor:
Intérprete:
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Tristezas flutuando no tempo-espaço,
Como luzes de neon mortiço.
O entorno fundido em enorme cansaço,
Tão dolente quanto insubmisso.
O som de vozes indistintas,
Chorando sorrisos sem fim
De criaturas extintas
Para todos, menos para mim.
Dor que finge, mas não dói,
Tempo que não finge, só passa
E aos poucos nos corrói
Como a rameira mais devassa.
Um sopro de consciência tardia,
Insinuando que o belo é fútil.
A leveza da morte lenta, da paz,
Porque todo o mais é inútil.