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Autor:
Intérprete:
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Hoje acordei pobre.
Pobre não, miserável.
Eu que me tinha por nobre,
Valente, altivo, inexpugnável.
Ali estava um imenso vazio, um nada,
Um não-poder quase absoluto.
Forte como bofetada,
Tintando tudo de luto.
O quê poderia ser tão forte, intenso?
Certamente não era a morte.
Teria eu perdido o senso?
No meio daquele baile,
No meio daquela dança
Percebi, de repente, o quê ocorrera:
Eu havia perdido a esperança.