Autores:
Intérprete:
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Paulo D'Elia
Paulo D'Elia
Mar de lama,
Mar de Mariana.
Uma tragédia, um drama.
Tem que acabar em cana.
Mártires e mortos.
Vários desaparecidos,
Por caminhos tortos
E sem nenhum sentido.
Rio Doce que ficou amargo
Com o choro da natureza.
Coube-lhe o triste encargo
De servir lama à mesa.
Onda triste de dor,
Sujando a paisagem.
O contrário do amor,
Capitalismo selvagem.
Quanto vale a morte
De um enterrado vivo?
Qual foi a má sorte
De que ficou cativo?
Não pode passar em branco,
Não dá pra ignorar a afronta.
Quem descuidou do barranco
Tem que pagar a conta.
Mar de lama,
Mar de Mariana.
Uma tragédia, um drama.
Tem que acabar em cana.