Autores:
Intérprete:
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Paulo D'Elia
Paulo D'Elia
Foi um, foram dois.
Foram dez, foram vinte.
Veja-se, ora pois,
O tamanho do acinte.
Ladrões se associam
Para roubar o erário.
E porque o faziam?
Não era temerário.
Ladrão que rouba ladrão,
Tem cem anos de perdão.
Ladrão, quando pobre,
É preso e espancado.
Quando filho de nobre,
É para ser imitado.
Nem todo pobre é bom,
Nem todo rico é safado.
Mas, sem razão ou com,
Deve acabar condenado.
Ladrão que rouba ladrão,
Tem cem anos de perdão.
Pode-se roubar dinheiro,
Pode-se roubar a poupança.
Mas, o que vem primeiro,
É nunca roubar a confiança.
O delator rouba os demais,
Não por arrependimento só.
Ao inverso dos bons samurais,
Jamais se afastou do pó.
Ladrão que rouba ladrão,
Nunca deveria ter perdão.