Autores:
Intérprete:
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Paulo D'Elia
Paulo D'Elia
Minha doença é mulher,
Nunca fiquei curado.
A primeira foi Ester,
Que nunca me viu pelado.
A segunda foi Maria,
Morena como ela só.
Virou quase mania,
Fiquei quase coió.
A terceira foi Edite,
Loirinha do capeta.
Quem quiser que acredite:
Me fez uma falseta.
A quarta foi Shirleyde,
Cozinheira de mão cheia,
Que um dia ainda hei-de
Ter, mesmo que de ameia.
A quinta foi Janira,
Que só pensava em sapato.
Naquele põe e tira,
Acabei pagando o pato.
A sexta foi Clarisse,
Doutora em ciência.
Um dia me disse:
Acabou-se a saliência.
A sétima foi Marlene,
Filha de coronel.
Tinha falha de higiene
E não gostava de motel.
A oitava foi Francisca,
Que não gostava de colo.
Me disse: não insista
E quebrou o protocolo.
A nona foi Claudete,
Corpo de violão.
Parecia uma vedete
E me disse: não.
E assim fui indo,
Até passar de cem.
Indo e vindo,
A procurar meu bem.