Autores:
Intérprete:
Júlio dos Santos Oliveira Jr.
Paulo D'Elia
Paulo D'Elia
Tardes azuis de outono,
Elos da mesma corrente.
Convite ao abandono,
Eflúvios do mesmo ente.
Sono em forma de cochilo,
Ávaro, indolente.
Morno e tranquilo,
Como seu antecedente.
Dissolvidas angústias no vinho,
Chama que consome o sono.
Cadafalso de um só pelourinho,
Berço do grande abandono.
Nascente da voz divina,
Vento dos acontecimentos.
Profunda e escura ravina,
Sêde e sede de meus tormentos.
De fogo a cicatriz,
A imagem que me consome
E, em surdina, me diz:
Ao invés de dar, tome.